O comum são os recursos partilhados e as práticas sociais que são mantidos pelas comunidades de uma forma sustentável.

A lógica do comum não se enquadra numa ideologia de direita ou de esquerda, é um conceito ou conjunto de conceitos que nos guiam claramente numa conduta colectiva.
Não pretende ser uma resposta para todos os nossos problemas, no entanto oferece uma perspectiva ética que nos auxilia a entender o que acontece quando as pessoas coletivamente assumem a responsabilidade e gestão dos recursos existentes sem o domínio dos poderes instituídos, do estado ou do mercado.

O comum considera as pessoas actores que estão profundamente embebidos nas relações sociais, nas comunidades, nos ecossistemas locais, em vez, de uma sociedade como uma colecção de indivíduos que vivem como consumidores e empreendedores.

A motivação humana é muito mais diversa do que a maximização dos interesses individuais : nós somos seres sociais e a cooperação humana e a reciprocidade são tão importantes como a direcção das nossas acções.

O comum usa a colaboração societal e a co-criação através de redes abertas que geram valor nos ecossistemas de uma forma que os grandes mercados e iniciativas privadas com direitos exclusivos não o fazem, nem conseguem fazer, devido a dicotomia dos constragimentos e especificidades do benefício individual em detrimento do bem comum.

Existem valores que não são comercializáveis, nem devem almejar o lucro.
Devem sim ser o todo.
Espaços abertos, motivando, fomentando a participação e facilitando instrumentos sociais e as ferramentas colectivas necessárias para a consolidação deste e outros processos e iniciativas de transição para um mundo pós-capitalista.